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Um Acontecimento Recente

  • Foto do escritor: Mari Proença
    Mari Proença
  • 27 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de out. de 2020

Recentemente uma coisa bem trágica aconteceu, não exatamente comigo, mas com uma pessoa que eu não estava próxima fisicamente, mas era muito próxima a mim em vários aspectos e isso me atingiu profundamente.

Esse acontecimento me fez pensar na vida, mas não só na minha, mas também na vida das outras pessoas.

E por conta desse acontecimento, um turbilhão de emoções, sentimentos e reflexões ficaram rondando na minha cabeça por dias.


Photo by Greg Rakozy on Unsplash

A primeira coisa que me fez pensar muito foi como a gente pode passar a vida sem notar as pessoas. Muitas vezes pessoas importantes para nós, como familiares e amigos, e só nos tocamos disso quando elas morrem.


Notar as pessoas que eu me refiro, não é só saber que elas existem, mas sim demonstrar o quanto a gente aprecia aquele amigo, aquele familiar, aquele vizinho, demonstrar o quanto eles são importantes não só para nós, mas como a existência delas é importante para o mundo também.

A gente vive em um modo tão automático, passamos as semanas em uma correria louca, trabalhando para conseguir pagar os boletos, e nas horas vagas estamos tão cansados que só queremos descansar nossos corpos e mentes para começar tudo de novo na segunda-feira. E assim a vida passa, as pessoas passam, e a gente nem nota.


Sei que é impossível sempre estar checando para ver se todo mundo que vc conhece está bem, mas eu aprendi que, mesmo estando longe, eu posso fazer alguém sorrir com uma simples mensagem de bom dia, uma mensagem falando que lembrou da pessoa quando viu um filme ou escutou uma música, ou até um meme bobo na internet ou fazer um comentário na foto nas redes sociais demonstrando o seu interesse e assim, sem perceber, vc pode fazer o dia de alguém.

Vivemos uma vida louca e corrida, mas não podemos esquecer que somos humanos e o que precisamos de verdade é amor, compaixão, empatia, carinho, contato humano, dar risada, sorrir e se sentir acolhido.

Outra coisa que fiquei muito reflexiva, é sobre doenças mentais.

Já faz um tempo que me interesso pelo assunto, ano passado quando eu assisti o filme O Coringa, eu comecei a pesquisar e ler mais sobre o assunto (inclusive, clique abaixo para ver o vídeo que fiz a respeito).



O filme abriu uma porta de interesse em mim e pouco tempo depois, eu terminei um relacionamento que me fazia muito mal psicologicamente. Foi quando nessa busca por respostas para entender a mente das pessoas e a minha própria mente, eu percebi que pessoas feridas ferem pessoas e tudo começa aí, é um ciclo que cabe só a nós terminar.


E uma terceira coisa que me deixou pensativa é: porque algumas pessoas com uma mente tão brilhante sofrem com depressão?

Um exemplo de uma pessoa famosa assim é a Amy Winehouse. Sempre fui muito fã, e quando eu assisti o documentário sobre ela, eu percebi o quanto aquela mulher era brilhante mas tinha uma confusão na mente que a perturbou a vida toda.



Conversando com uma amiga que fez recentemente um trabalho para a faculdade de psicologia que ela faz. Ela me contou que, em suas pesquisas, aprendeu que algumas pessoas sofrem desde criança com algum distúrbio mental, pode ser um leve nível de autismo, que muitas vezes nunca é diagnosticado e tratado de maneira adequada, então essa criança cresce “dando trabalho” e procura alívio em alguma droga e se vicia e assim se afunda cada vez mais. Quando conhecemos pessoas assim, geralmente a gente julga, aponta o dedo, fala que não quer melhorar, que gosta de ser “vagabundo”. E não é bem por aí.


O mundo é um mistério e nós somos criaturas complexas. Ainda não entendemos cem por cento a capacidade que as nossas mentes tem. Mas já entendemos que doenças mentais são graves e não devem ser ignoradas ou tratadas como frescura.


Se a ciência ainda tem muito o que descobrir, quem somos nós, com nossos "diplominhas" de uma faculdade na esquina, pra olhar para outras pessoas e julgarmos como elas levam a vida delas?


Esse acontecimento que citei no inicio do texto foi algo que me deixou muito triste, chorei, tive pesadelos, não foi nada agradável. Mas como a minha irmã me falou por telefone esses dias "Tata, vc é forte" e acho que ela tem razão, as experiências ruins eu levo como aprendizado, continuo a minha caminhada e com a minha força, espero inspirar outras pessoas a continuarem a caminhada delas também.


Vc não chegou até aqui, só por chegar
Photo by Drew Beamer on Unsplash


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