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Já estamos em novembro do ano mais louco que já vivi, mas eu superarei!

  • Foto do escritor: Mari Proença
    Mari Proença
  • 7 de nov. de 2020
  • 4 min de leitura

É impressão minha ou esse ano foi (e ainda está sendo): COVID19, ciclone no Brasil, olimpíadas adiada, protestos, eleições americanas e mais um monte de loucuras inimagináveis? Pela primeira vez na vida eu realmente me senti em um filme com um tema apocalíptico.


Photo by Clément Falize on Unsplash

Me inspirei para escrever esse texto quando um dia desses estava andando na rua com uma amiga e ela disse "Olha pra isso, todo mundo de máscara, nunca imaginei isso". Quando olhei ao redor, vi pessoas atravessando a rua, dirigindo seus carros, entrando e saindo do supermercado, usando seus celulares, ou seja, vivendo, mas todas, absolutamente TODAS usando máscara - inclusive eu e a minha amiga. Uma cena dessa é de fato, surreal. Na minha vida pessoal, outros casos complementaram a loucura desse ano: sai de um relacionamento abusivo, mudei de emprego, mudei de cidade, tomei um calote de um fdp que ficou de desenvolver um projeto de negócio que estou a um tempo tentando realizar e recentemente perdi uma pessoa muito querida que me abalou um tanto significante. Porram, 2020, não tá fácil!

No último dia do ano passado, eu estava vestida pra matar, com um look bapho fui em uma festa mais bapho ainda, acompanhada do meu ex embuste - quer dizer - marido e mais um casal de amigos. Jamais imaginaria que aquele ano eu iria enfrentar uma batalha.


Comecei o ano de 2020 cheia de planos: apesar de que, eu já não estava mais feliz no relacionamento em que eu estava, tinha decidido dar a ele a última chance de melhoria, eu genuinamente acreditei que ele era apenas uma pessoa um pouco perdida, e com o meu apoio tudo iria mudar - só depois percebi que não, ele era uma pessoa maldosa que sabia que estava me fazendo mal e não tinha nenhuma intenção de mudar seu comportamento (mas isso é história para outro dia...)

Então entrei o ano cheia de planos: estava planejando viajar para o Brasil, Thailandia e Califórnia - poxa, da uma dor no coração só de pensar que tive que engavetar esses planos - planejei também dar um rumo na minha profissão e queria estudar algo, planejei tirar um projeto que tinha com a minha prima e meter a mão na massa para começa-lo... ai, tantos planos e nenhum deles saiu do papel. O mundo parece que fechou as portas em Março de 2020 - quando estourou a pandemia - e até agora não voltou a funcionar.


Na verdade, logo em Janeiro o meu mundo já começou a ficar conturbado, meu ex teve altos e baixos de comportamentos abusivos, entrou fevereiro os comportamentos só pioravam a cada semana, até que no final daquele mês eu decidi que as chances que eu ia dar a ele se encerrariam ali. Então fiz minhas malas e nunca mais voltei.


E no meio de uma briga de divórcio, entrou Março e com ele veio o tal do "coronga", eu, que trabalhava em vários empregos, perdi quase todos, minha renda diminuiu drasticamente e eu entrei em desespero - uma coisa que me deixa desesperada é saber que não tenho de onde tirar a renda do próximo mês.


Eu não posso reclamar, apesar de tudo, tive amigos queridíssimos que me ajudaram e me deram um teto - muito confortável diga-se de passagem - para ficar enquanto eu tentava me erguer daquela bagunça que estava a minha vida naquele momento.


Entrou abril e eu resolvi que precisava me mexer, apesar do mundo estar todo em pausa, eu decidi procurar outro emprego e me mudar de cidade, escolhi Washington,DC, por ser uma área que eu já conhecia e a base salarial é bem maior do que de onde eu costumava morar em Virgínia Beach.


E com muito custo, procurando emprego dia e noite pela internet e ao mesmo tempo lidando com um ex narcisista, finalmente em Maio, uma família quis me contratar como babá e ainda, por causa dos contatos que eles tinham, me arrumaram um lugar mara para morar. E foi ai que taquei tudo que eu tinha no meu carro e me mandei.



Essa foi a minha primeira vitória no meio de um caos.


Daí pra frente comecei a enxergar a luz novamente, mesmo ainda emocionalmente abalada, continuei firme e forte, trabalhando muito, cuidando das crianças de dia e fazendo entrega de comida à noite. Minha renda melhorou e mesmo com muitas restrições ainda, continuo meus planos de viagens para quando a vacina para esse vírus sair.


Esse ano tive meus momentos de chorar, ficar revoltada, sentir raiva, ficar de luto. Todos nós tivemos. Acho esses momentos necessários, sentir o que sentimos, colocar pra fora, não querer sorrir, está tudo bem, somos humanos e temos que deixar os sentimentos fluirem, MAAAS, não sucumbam a sentimentos ruins!!!


Sim, 2020 foi - e está sendo - um ano atípico, caos total, loucura, apocalipse, mas, está quase no fim! Ainda não temos a solução para que nossas vidas voltem ao normal, a vacina ainda não saiu, as pessoas que perdemos não voltarão, e com certeza as comemorações de final de ano serão ainda restritas, como todas as comemorações de 2020 estão sendo.


MAAAS....Vamos lá, colocar um look bapho de novo, mesmo que seja pra ficar em casa acompanhada de amigos e familiares selecionados, vamos celebrar, olhar para frente, fazer planos... mesmo que nenhum deles dê certo, um dia dará!


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