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Outback, o deserto da Austrália | Dia 1

  • Foto do escritor: Mari Proença
    Mari Proença
  • 17 de jul. de 2018
  • 5 min de leitura

Eu morei na Austrália por 9 meses. Fui fazer um curso e trabalhar como au pair e acabei descobrindo que é um país que tem muita coisa para explorar. Infelizmente o tempo que morei lá não foi suficiente para conhecer tudo que eu queria, mas até que aproveitei um bocado. Pouco antes de voltar ao Brasil, em abril desse ano (portanto era outono na Austrália) eu e uma amiga escolhemos um destino muito famoso na Austrália, mas que nem todo mundo vai, o Outback.

A Austrália tem uma área imensa no meio do país que bem poucas pessoas habitam. Nessa área existe um deserto, cujo a areia é vermelha, o clima é bem quente, os animais são selvagens e o céu é muito estrelado. Eu garanto que quem se aventurar por lá nunca vai esquecer. Principalmente se vc escolher acampar.

No YouTube vc pode assistir o vídeo sobre o primeiro dia dessa viagem. Veja abaixo:

E aqui no blog você encontra mais informações como preços, nome dos lugares, histórias e tudo mais detalhado. Então vamos lá.

Dia 1 - Tudo sobre o Uluru

Embarcamos para Ayres Rock (Uluru) mais ou menos 10 da manhã do aeroporto de Sydney (que era onde eu morava). A viagem dura 4 horas. Pagamos $300 dólares australianos na passagem ida e volta, pela cia Jetstar. Compramos a passagem pelo aplicativo Momondo, recomendo esse app, é ótimo para achar passagens com um preço bacana e um tour com o pessoal da Mulgas Adventures, que pagamos AU$399.

No Outback tem dois aeroportos que você pode desembarcar, o de Alice Springs e o Ayres Rock (Uluru). O primeiro fica na cidadezinha mais populosa do estado Território do Norte. Já em Ayres Rock não tem quase nada, e é o mais perto do famoso Uluru.

Mas enfim, o que é o Uluru?

Palya!

Essa é a palavra na língua aborígene para "Olá", "Bem-vindos". É uma saudação que você vê logo na entrada do parque nacional.

Uluru é o nome que os aborígenes deram ao monólito formado no meio do deserto da Austrália, ou, se preferir, pode chama-lo de Ayres Rock, que é o nome que os ingleses deram à ele quando chegaram para colonizar a Austrália . Essa pedra é a atração principal do Outback (que é o deserto todo) e também é um dos cartões postais da Austrália.

São 318 m de altura, 10.6 km de circunferência e 5 km de profundidade. Sim, além do que vemos por fora, ainda tem mais pedra abaixo da terra.

Nosso guia nos contou que o Uluru foi formado conforme as mudanças climáticas na área por milhares e milhares de anos, o vento foi levando a terra, assim foi se acumulando em um só lugar e o resultado foi essa imensa pedra.

Essa imensidão de terra é considerada sagrada para os aborígenes (povo nativo da Austrália), por isso, escalar o Uluru, além de perigoso, é desrespeitoso. Alguns lugares também não pode tirar fotos e nem filmar.

Chegamos no aeroporto de Ayres Rock mais ou menos às 2 da tarde e a van do tour já estava lá nos esperando. Tinha mais umas 20 pessoas que iam fazer o tour também. Eu e a minha amiga fomos as últimas a entrarem na van.

O guia já distribuiu um lanche e uma maçã para cada um, também um mapa e o ingresso do parque nacional. Assim seguimos para a primeira parada que foi o Uluru-Kata Tjuta National Park, onde se encontram a famosa pedra Uluru e o Kata Tjuta (que visitamos no segundo dia). Passamos pelos portões do parque e já paramos bem de frente ao famoso Uluru, e foi ai que tirei essas fotos incríveis.

Depois seguimos para o Centro Cultural, onde tem uma pequena exposição aborígene, lojas de quadros aborígenes - lindíssimos mas bem caros - lojas de souvenirs, onde você pode comprar também bebidas, comidinhas etc. Eu gastei em torno de $50 dólares australianos com souvenirs, água e refrigerante. Ah, e também compramos uma rede de por na cabeça contra mosquitos. Sim, os mosquitos são ir-ri-tan-tes!

Ao sair de lá seguimos para mais próximo da famosa pedra. Ao chegar, a van estaciona e nos deixa para fazer a caminhada de uma hora e meia que chama Mala Walk. É um trecho de 2 km em torno da pedra. É considerada um trekking fácil. E realmente é bem de boa. Só não se esquecer de passar protetor solar, levar água, estar usando roupas e sapatos confortáveis, um chapéu ou boné e um óculos de sol.

Existem também outros trechos, o mais desafiador é dar a volta completa no Uluru, são 10 km que são percorridos em aproximadamente três horas e meia de caminhada. Eu até encararia, mas nós estávamos em um tour, portanto, seguimos o roteiro do guia. Segue fotos abaixo. Reparem na minha rede contra os mosquitos, em seguida tem eu fazendo um "resgate". Deixando de lado as palhaçadas, olhem as cores desse deserto!!! Impressionante, não?!

Depois da caminhada, a turma encontra o guia no estacionamento, ele estava esperando a gente para comer frutas e seguir adiante.

Chegamos então no primeiro acampamento. Um espaço onde tinham alguns galpões, que eram as cozinhas e também banheiros e chuveiros (Ufa!). Assim que chegamos, o guia pediu nossa ajuda para descarregar as coisas da van e já foi distribuindo as tarefas. Era tudo muito organizado, o guia era experiente e já sabia nos direcionar. É um trabalho em grupo, todos fazem alguma coisa. Um grupo ajudava levar as coisas para a cozinha, enquanto o outro grupo levava a mesa e as caixas térmicas para o topo do morro, onde vimos o pôr do sol e uma vista linda do Uluru, comendo alguns petiscos e tomando champanhe.

Quando caiu a noite, voltamos à cozinha, e nos organizamos para fazer a janta. Um grupo fez a janta, enquanto o outro lavou a louça depois.

A comida estava bem boa, teve bife de canguru, (na primeira vez que comi não gostei, mas dessa vez estava bom), linguiça, salada e purê de batata. Eu fiquei no time de lavar a louça, eu e a Joyce (minha amiga) mostramos a higiene e a agilidade dos brasileiros e mandamos bala na louça, as outras meninas ajudaram secando e guardando.

Depois foi só se preparar para dormir. Nossa cama era um tal de swag, tipo de um colchão portátil com zíper, uma coisa bem australiana - nunca tinha visto aquilo - e o nosso quarto era ao ar livre, jogava o swag no chão, entrava nele e dormia olhando para um céu inacreditavelmente estrelado.

E esse foi o fim do primeiro dia de aventura.

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