América do Sul | Parte 6 Salar de Uyuni
- Mari Proença
- 6 de jul. de 2018
- 4 min de leitura
No segundo dia da aventura pelo Uyuni, às 4 da manhã estávamos prontos para começar o próximo passeio que foi os Geysers. Já tínhamos visto uns no Atacama, mas esses eram diferentes, mas tão bonito quanto. Estava muito frio! Dica: se agasalhe bem para esse passeio.
No primeiro dia de passeio, não descobrimos muitas coisas sobre os portugueses além de seus nomes e que eles estavam viajando com mais algumas gurias. Ainda no quarto, dei uma olhadinha disfarçada pra um deles, mas ele me flagrou e me deu uma profunda encarada.
Ainda no hostel, enquanto o nosso guia colocava nossas malas em cima do carro eu resolvi quebrar o gelo com os portugueses e comecei perguntando a idade deles. Eu já imaginava que eram novinhos – apesar de não aparentarem – e eles disseram “adivinha” e eu chutei “21?” eles se olharam e um deles respondeu por todos “23 e vocês?” e eu disse “Adivinha”. A minha idade eles erraram “A Mari tem 25” e eu “hahaha Obrigada”. No fim, disse minha idade real (que na época era 28) e as meninas também. E eu continuei na tentativa de ficar mais íntima deles, peguei o fone do ouvido de um deles e fiquei perguntando sobre o que ele estava escutando, também perguntei o que eles faziam da vida. Quando o guia terminou com as malas e estava pronto pra partir eu já tinha conseguido algumas informações, mas ainda planejava ficar mais íntima ao longo do dia – no mal sentido, é claro!
Okay, vamos voltar ao foco: os passeios. Depois dos Geysers paramos na Laguna Colorada, lugar muito lindo! Eu não tenho mais adjetivos para descrever esse passeio, todos os lugares foram animais. Segue umas fotos pra vocês terem uma ideia da beleza.
E lá na Laguna, nosso tour encontrou com o tour das tais amigas deles. Daí foi que eu fiquei confusa, eles pareciam se importar bastante com elas, mas ao mesmo tempo não pareciam que eram namoradas deles.
Continuamos o passeio, e um break para descanso.
Nesse break as amigas dos portugueses estavam lá de novo e então eu vi o bonitinho que eu paguei um pau abraçando uma delas. Fué! #chateada.
Depois seguimos em direção ao lugar que iríamos almoçar. No caminho a Foguinho de Palha também resolveu quebrar o gelo, e como ela estava sentada no meio de dois deles, começou a colocar o pé em cima deles, deitar no colo e eu no banco detrás pensando “Isso ae Foguinho!”. Ela também começou a perguntar um monte de coisas, ai pronto, todo mundo se empolgou e percebi que eles estavam também tentando descobrir coisas sobre a gente. E foi quando começamos a ficar amigas dos bonitinhos portugueses.
Sobre o almoço... dessa vez o almoço foi servido numa casa, simples e muito bom. A brasileira – que seu codinome será Santinha de Longe – que conhecemos nesse tour - era vegetariana, os caras fizeram até um ovo pra ela quando descobriram. A galera que trabalha nesses tours foi super gente boa!
Enquanto esperávamos eles cozinharem ficamos eu e as meninas conversando. E foi quando a Santinha de Longe, olhando para aquele campo cheio de llamas fofinhas se alimentando, lançou uma pérola que choramos de rir “Pois é meninas, desse mato não sai llama”, querendo dizer que com os bonitinhos portugueses não ia rolar é nada.
E esses codinomes?... contarei... Foi nessa conversa que surgiram esses codinomes engraçados. Um dos bonitinhos perguntou quem de nós três era a mais "pegadora" então perguntamos “Quem você acha?” e ele disse que a vegetariana era "santinha de longe", que a minha amiga parecia só colocar fogo, mas na hora não fazia nada e eu parecia ser a mais pegadora. CHOREI! Por isso aqui no blog uma é a Foguinho de Palha e a outra é a Santinha de Longe. Bom, se ele acertou na adivinhação... só quem nos conhece pra saber!
Depois do almoço fizemos mais uma parada numa cidade deserta (San Juan del Rosario), fazia mais ou menos duas horas que estávamos viajando sem parar e eu e a Santinha de Longe já estávamos com a bexiga estourando. Quando paramos nessa cidade, pensamos “banheiro, banheiro pelo amor de Gaga” só que não havia nenhum. Avistamos uma igreja, estava fechada, mas fomos no jardim atrás dela e fizemos xixi ali mesmo. O pior foi que eu fiz xixi na minha bota e depois sai arrastando a bota na terra pra secar. (Eca!)
Finalmente no fim da tarde, chegamos no hostel que iríamos passar a noite, era num hostel de sal – oi? Sim, o lugar era todo feito de sal. Muito massa! Chegamos lá e já ficamos sabendo que a luz elétrica só funcionava das 19 às 21 horas e que chuveiro quente só pagando. Não era uma notícia que eu gostaria de escutar depois de um dia bem cansativo, mas faz parte da aventura, então tomei banho no gelado mesmo e até lavei o cabelo.
A janta foi servida logo depois e foi super bacana, tinha até vinho. As mesas eram grandes, então todos sentavam juntos e acabamos perto de um casal de velhinhos alemães, e eles contaram para gente que depois que criaram os filhos, se aposentaram e resolveram ir viajar. Que lindos, pretendo ser assim também.
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