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América do Sul Parte 5 | Salar de Uyuni

  • Foto do escritor: Mari Proença
    Mari Proença
  • 20 de fev. de 2018
  • 4 min de leitura

Deserto de Salvador Dali

No dia seguinte, bem cedo, a van da agência foi nos buscar para começarmos o longo passeio até o Salar de Uyuni na Bolívia.

Um pouco sobre esse tour

O Salar de Uyuni é a maior planície salgada do mundo, a 3.650m de altitude é localizado no sudoeste da Bolívia. Tem várias maneiras de chegar lá, algumas pessoas chegam pela Bolívia mesmo, compram o pacote em La Paz, ou então vão até a cidade de Uyuni e de lá seguem para o Salar. O esquema que nós fizemos foi diferente, como conhecemos o Deserto do Atacama primeiro, compramos o pacote para o Salar saindo de lá, e esse custou USD$220 – um pouco caro, mas o tour é de 4 dias e 3 noites, inclui hospedagem e comida. A agência que contratamos se chama Atacama Mistica, uma agência boa, a única coisa que foi digna de reclamar, foi no último dia, que ficamos o dia todo viajando e eles não deram nem um lanchinho. Nosso guia era meio zureta, mas era gente boa.

Quem se aventura ir até o Salar de Uyuni, tem que ter em mente que é um passeio roots. A hospedagem é em hoteis feitos de sal, o chão de alguns deles não era nem cimentado, ou seja, você pisa no sal mesmo, e teve uma noite que nem chuveiro tinha e a energia acabava às 21h. Fica-se o dia inteiro andando de um ponto para outro em um jipe, algumas vezes acordamos super cedo, é cansativo e pauleira, sem luxos, mas é uma aventura incrível.

Voltando a história

Depois que a van nos pegou foram duas horas de viagem até a próxima parada, para tomarmos café da manhã. E depois, encaramos mais duas horas de viagem e dessa vez por uma estrada de terra cheia de pedras. O café da manhã dentro do meu estômago chacoalhou que foi uma beleza, mas a bela vista compensou. Vale lembrar que, de toda a nossa aventura pela América do Sul, o Salar foi o mais punk.

Chegamos finalmente na fronteira do Chile e a Bolívia. Depois de passar pela imigração, a galera é dividida em jipes, cada um leva seis pessoas e as malas vão no topo do jipe. Estávamos eu, Foguinho de Palha e mais uma brasileira (que já havíamos conhecido no dia que compramos o pacote do passeio na agência) esperando para saber em que jipe iríamos, quando chegou o tiozão da agência – usando um cinto super style que eu quase perguntei onde ele comprou – e disse “las chicas brasileñas irán com los chicos portugueses”. Por incrível que pareça, haviam três brasileiras e três portugueses. Eu - que não sou besta - já havia notado os garotinhos portugueses e logo comentei com as meninas “hmmmm, a viagem nesse jipe vai ser interessante”, e como se não bastasse o clima, o tiozão debruçou na minha janela e disse “hmmm tres chicas y tres chicos”, eu não me aguentei e ri alto.

Enfim, depois da troca da van para o jipe e que todos passam pela imigração, a aventura começa de verdade. E a primeira parada é foi bem rápida no meio do deserto de terra seca e cheio de pedras só para tirar algumas fotos.

Primeira parada para fotos

- O nosso passeio foi modificado um pouco, porque quando fomos, a Laguna Verde estava fechada por razões de segurança, portanto, tivemos que desviar e fazer outro caminho.

Em seguida, paramos para almoçar na Laguna Blanca, finalmente, já eram quase três da tarde. O primeiro almoço já começou bem: arroz, salada de tomate, milho e atum e o mais inusitado: o almoço foi na beira de uma lagoa, estávamos no meio do nada, não havia restaurante, nem hostel, os guias sacam a comida do porta malas do carro, preparam ali e servem a gente. Surreal!

A próxima parada foi na Arbol de Piedra, são umas pedras com formas diferentes no meio do nada. Vale a pena parar e olhar por alguns minutos, as pedras, o deserto, as nuvens e o céu bem azul todos combinados, dão a impressão de estar olhando para uma pintura, tanto é que o deserto é conhecido como O Deserto de Salvador Dali porque a paisagem se assemelha com as obras do famoso pintor.

Já era final da tarde, finalmente chegamos ao local que iríamos dormir – que sinceramente não sei se era um hotel ou um hostel, era uma acomodação bem simples. Muito cansadas, chegamos loucas para jantar, tomar banho e dormir, só que a segunda opção não seria possível, pois não haviam chuveiros e tivemos que apelar pelo famoso banho tcheco, usando lencinhos umedecidos. (um pouco nojento mas nessa viagem, como já comentei, foi bem "roots")

Cada jipe tinha um grupo de seis pessoas, e essas ficam no mesmo quarto quando pára para dormir. Enfim, era um quarto para nós seis. Pra se trocar era engraçado, tínhamos que ficar revezando – os caras saiam e as meninas se trocavam e depois a gente saia pra eles se trocarem.

Bom, e os portugueses? Eram gatinhos! Eles disseram que estavam viajando com umas amigas, que estavam em outro grupo numa outra hospedagem perto da nossa, eles foram até lá falar com elas e depois voltaram para jantar. Só que percebemos que tinha alguma coisa rolando, apesar de ter flagrado eles olhando pra gente o dia inteiro, tivemos a impressão que essas meninas eram mais do que apenas amigas. Enfim, de pijamas, com a barriga cheia e sem banho fomos todos dormir às 9 da noite.

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