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América do Sul Parte 1 | Cusco e Machu Picchu

  • Foto do escritor: Mari Proença
    Mari Proença
  • 13 de set. de 2017
  • 5 min de leitura

Eu sou muito detalhista para contar histórias, vai ser bem difícil resumir o mochilão que fiz pelo Perú, Chile e Bolívia. Por isso, vou contar em partes. Um ano antes da viagem, duas amigas e eu – que chamarei de Foguinho de Palha e Sexy Lady – começamos a planejar uma viagem pra algum lugar da América do Sul, eu ainda não estava convencida que queria ir pra lá – porque eu já estava juntando grana para um mochilão na Europa – mas depois de ver as fotos de um amigo que foi, me convenci imediatamente de que lá seria meu próximo destino internacional. Depois de muita pesquisa estava tudo certo, o destino seria: no Perú: Cusco, Machu Picchu e Puno; no Chile: Deserto do Atacama e na Bolívia: Salar de Uyuni. E o roteiro foi o seguinte: De São Paulo para Cusco (com escala em Lima) – 21/12/2012 Desembarcamos no aeroporto de Cusco bem cedo, no próprio aeroporto já tem várias agências que oferecem pacotes dos passeios. Resolvemos já fechar ali mesmo. O passeio para Machu Picchu (com tudo incluso: entrada do Machu Picchu com guia + a subida ao Wyna Picchu, o trem de Ollantaytambo até Águas Calientes e o ônibus que sobe de Águas Calientes até o Machu Picchu) custou USD$250 e os passeios por Cusco, o City Tour e Valle Sagrado, custaram $130 soles. Mas você pode comprar tudo separado antes da viagem se preferir, porém não tem muita diferença de preço.

Chegamos no hostel (Wild Rover) e descansamos um pouco, depois do almoço a van do passeio city tour foi nos buscar. Fizemos vários passeios legais por Cusco (Qorikancha, Saqsaywaman, Caverna da Pacha Mama e outros (todos os lugares são únicos e incrivelmente bonitos) e voltamos no fim da tarde para o hostel.

O hostel (Wild Rover) era show de bola: grande, camas confortáveis, Wi-fi, pessoas interessantes e o melhor de tudo é que tinha um bar dentro do hostel e toda noite tinha festa. Na primeira noite rolou uma festa com o tema "O fim do mundo".

No dia seguinte pela manhã, a van foi novamente nos buscar para o passeio do Valle Sagrado, passamos por Pisaq e Ollantaytambo, esses lugares são super altos, nenhuma de nós passou muito mal. Eu só senti um pouco de mal-estar, mas masquei a folha da coca e melhorei rápido – é muito boa mesmo, ajuda a respirar e a passar a sensação de cansaço (e não, não dá barato).

Amei os passeios desse dia, fomos em lugares feito de pedras (tudo obras dos incas) e a pérola do dia foi: “Os incas deviam ser tudo gostosão, né? Imagina, carregar esse monte de pedra pra cima e pra baixo?” (HahaAHah)

No fim da tarde ficamos em Ollanta e pegamos o trem para Águas Calientes, que é o vilarejo mais próximo do Machu Picchu, a viagem dura cerca de duas horas.

No trem, a Foguinho de Palha, a Sexy Lady e eu estávamos com a bobeira – falando pelos cotovelos e rindo alto – e tinha um senhorzinho sentado ao nosso lado e comentamos “Coitado, ele não vê a hora da gente calar a boca e dormir”. Do nada, o senhor vira pra gente e começa a conversar. O cara falava mais que nós três juntas e a gente acabou só escutando as histórias dele, mas o velhinho era gente boa, ele era espanhol e estava viajando o mundo. Muito legal!

Pegamos um hostel bem barato, e passamos a noite em Águas Calientes, pois iríamos acordar bem cedo na manhã seguinte para o passeio do Machu Picchu.

Águas Calientes e Machu Picchu - 23/12/2012

Acordamos bem cedo hoje – só pra variar – para pegarmos o ônibus para subir ao Machu Picchu, chegamos lá e já fomos direto para a porta do Wayna Picchu que abria às 7h, que é aquela montanha enorme que aparece ao fundo das fotos clássicas do Macchu Picchu.

A subida dura de uma a uma hora e meia e é bem cansativo. Durante a escalada você passa por caminhos estreitos de terra e escadas de pedras muito inclinadas, mas ao chegar no topo e ter a vista toda do Machu Picchu é uma sensação única, é de desacreditar no que seus olhos estão vendo. Achei a descida mais tranquila, apesar de ter que tomar mais cuidado para não escorregar nas pedras e cair. Dica: use calçados confortáveis e que não escorreguem e para carregar suas coisas, o melhor é uma usar uma mochila.

Encontramos nosso guia às 11h para começar o passeio pelo Machu Picchu. A história das ruínas incas é impressionante. Eu achei indispensável ter um guia pois ele explica tudo a respeito do lugar e o passeio faz muito mais sentido.

Terminamos o passeio no fim da tarde, voltamos para o hostel em Águas Calientes, almoçamos carne de llama e ceviche (muito bom!) e ficamos lá esperando o horário do trem para voltarmos à Cusco. Chegamos em Cusco (no hostel Wild Rover) mais ou menos uma da manhã e fomos dormir. Pérola: compramos um Cup Noodles para jantar quando a Sexy Lady soltou a pérola para a funcionária do hostel “Tienes hot water?”. Ela teve um sério problema para falar, misturava Português, Espanhol e Inglês. Foi comédia!

De volta em Cusco 24/12/2012

Acordei doente nesse dia, com uma diarréia dos infernos! Não foi nenhuma comida e nem virose, foi só reação do corpo mesmo, depois de três dias de passeios sem parar meu corpo não aguentava mais. Acabei gastando $45 soles com um remédio para a flora intestinal e passei o dia comendo sopa e sem fazer nada.

A noite, a Foguinho e a Sexy Lady se trocaram e foram farrear. Da janela do nosso quarto dava pra ver a porta do bar, e eu fiquei só babando na galera se divertindo enquanto eu ficava de molho curtindo uma dor de barriga. Estava eu, lendo no silêncio, quando chegaram umas australianas no nosso quarto, começaram a fazer maior bagunça e então, mesmo com dor de barriga, resolvi me trocar e descer para o bar. Fiquei um tempo lá, mas como não podia beber, achei um saco e voltei para o quarto para dormir. Se eu não tiver uma dor de barriga quando viajo, não sou eu!

Natal em Cusco

Acordei bem melhor, mas eu e as meninas ainda estávamos acabadas. Uma com dor no corpo, outra com moleza, outra com dor de cabeça. Então resolvemos tirar o dia pra fazer coisas light. Passeamos por Cusco, a cidade é bem legal, tem muita coisa pra fazer.

A noite teve festa de Natal no hostel, a galera ficou muito louca, e eu entrei na dança. Bebi "bagarai", pedimos música pro DJ, quando ele começou a tocar “you spin my head right round...” do Flo Rida, a Foguinho, a Sexy Lady e eu subimos no balcão para dançar. A galera ficou besta com a nossa animação e todos no bar se empolgaram e entraram na nossa, nem os europeus desengonçados ficaram de fora.

Conhecemos um brasileiro muito gente boa, demos muitas risadas com ele, seu nome era Leandro, mas a gente cismava que era Leonardo, no fim das contas acabamos chamando ele de Leandro e Leonardo. A única que faturou foi a Foguinho, que pegou um irlandês. Eu fiquei mais louca que o Bozo e paguei maior mico tentando xavecar um dos bartenders, que nem me deu bola. Bom, mesmo assim foi muito divertido!

No dia seguinte, acordamos bem cedo com a cara ainda cheia de maquiagem e partimos para Puno... continua no próximo post.

Links úteis para quem está planejando visitar o Machu Picchu:

PS: essa viagem foi feita em Dez 2012/Jan 2013 mas os preços continuam atuais.

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